Evolução da Flebologia

Cada dia mais, testemunhamos uma vigorosa transformação na FLEBOLOGIA, ciência dedicada ao tratamento das varizes, úlceras venosas e todas as variantes da doença venosa crônica.
Durante mais de 100 anos, a cirurgia de varizes reinou soberana como a mais adequada e abrangente medida para resolver o problema. Na maior parte do século vinte, foram décadas e décadas de extração indiscriminada das veias safenas, pois acreditava-se, então, serem estas as grandes vilãs da doença varicosa. O exame clínico, conquanto minucioso em sua avaliação física, era insuficiente para a compreensão da complexidade do sistema venoso e de suas disfunções.
Com o advento do ULTRASSOM VASCULAR COM DOPPLER, também conhecido como ECODOPPLER ou DÚPLEX SCAN, deu-se início a uma nova era da especialidade e um mundo desconhecido e fascinante, pouco a pouco, foi se descortinando. Em êxtase, especialistas podiam agora contemplar o fluxo do sangue nas veias em tempo real, seus caminhos, descaminhos e sua constrangedora e abrupta interrupção, as temidas tromboses venosas.
Esse foi o primeiro estirão da Flebologia moderna. O segundo, subsequente e fundamentado no primeiro, foi o advento das terapias minimamente invasivas e ecoguiadas, ou seja, o OLHO ULTRASSÔNICO passou não somente a ver e entender a circulação das veias, mas também, guiar refinados instrumentos para corrigir suas distorções.
O Crepúsculo do século XX deu lugar a um alvorecer radiante: Europa e EUA começam a adotar as técnicas de termoablação das veias safenas como alternativa à extração cirúrgica das mesmas. No lugar de um arrancamento (stripping), a veia doente passaria a ser cauterizada em seu próprio leito, somente no segmento necessário e preservando com exatidão suas conexões com o sistema das veias profundas. Tudo isso, sob as vistas do ultrassom, que também passaria a guiar as injeções de químicos, potencializados sob a forma de espuma.Em 30 anos, uma revolução!
Hoje, conhecemos muito melhor essa entidade multifacetada, a doença venosa crônica. Seu tratamento, de igual forma, deve ser individualizado e preferencialmente, híbrido, associando diversas técnicas conforme a necessidade e em um tempo variável, quase nunca em etapa única.
A QUARTA JORNADA DE FLEBOLOGIA E LINFOLOGIA, ocorrida em 25 e 26 junho de 2015, em São Paulo, tratou desse tema com profundidade e brilhantismo. Enriquecedora a participação em mais esse evento. Vamos que vamos!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *